sábado, 27 de novembro de 2010

Webmuseus

          É muito empolgante e precioso verificar que existem várias possibilidades e ferramentas para trabalhar com a informação, especialmente para os profissionais bibliotecários, arquivistas e museólogos. Hoje conversaremos sobre webmuseus (ou cibermuseus ou, ainda, netmuseus), instrumentos que tem proporcionado não somente informação, mas conhecimento àqueles que os tem "visitado" e consultado.
          Os webmuseus cresceram em número devido o avanço da rede na década de 90, como diz Carvalho (2008)
[ . . . ] multiplicaram-se sites de Museus, dedicados aos mais diferentes temas, com nomes e tipologias, permitindo ao usuário da Internet 'visitar', num mesmo dia, museus localizados fisicamente em diferentes continentes. (CARVALHO, 2008)
           Aqui destaco uma das vantagens dos webmuseus, a possibilidade de visualizarmos peças - e suas descrições - de várias partes do mundo sem estar fisicamente no local. O que enxergamos virtualmente vem do espaço físico onde as peças ou, como referencia Oliveira (2007), as "coisas" estão expostas. Mas há também museus que preservam seus documentos somente virtualmente, como é o caso do Museu da Pessoa, exemplo prático que será desenvolvido mais adiante. Oliveira (2007) dá o seguinte conceito para museu:


Na atualidade, museu é sinônimo de coleção, de acervo, de documentação, conservação, exposição e informação de qualquer tipo de objeto, organizado por alguém ou por uma instituição, com ambição de apresentar ao público, criar formas educativo-pedagógicas, pesquisa e extensão. (OLIVEIRA, 2007, p. 150)
          Dentre alguns webmuseus que visitei, analisarei neste post três que considero mais relevantes no momento: The Virtual Museum of Iraq (http://www.virtualmuseumiraq.cnr.it/homeENG.htm), Museo Virtual de Artes (MUVA - http://muva.elpais.com.uy/e Museu da Pessoa (http://www.museudapessoa.net/). No primeiro, somos recebidos com um vídeo que mostra a localização e o histórico do Museum. Assistimos desde a sua primeira fachada (ano de 1926-1966), passando por sua reconstrução, chegando aos dias de hoje e assim somos remetidos ao Hall do museu virtual. Neste, podemos selecionar por onde queremos iniciar o "passeio", e assim conhecer as várias peças de arte que compõem o local. No MUVA, patrocinado pela Fundación Itaú, encontramos logo na entrada do site uma lista com as obras disponíveis para visualização, inclusive podemos assistir vídeos sobre as peças e quadros. Podemos, ainda, "andar" nos corredores virtuais do Museo, interessantíssimo! O MUVA é um museu interativo, dinâmico e acondiciona as obras mais importantes da arte uruguaia. O Museu da Pessoa, criado por brasileiros, com sede em São Paulo, possui um ponto, particularmente falando, muito peculiar: o visitante contribui com o acervo do Museu, pois o objetivo deste é exatamente construir uma rede de histórias de vida que proporcione a transformação social, buscando valorizar a história de cada pessoa que deseje apresentar um pouco de sua vida para a sociedade. Para contar a sua história, é necessário fazer um cadastro; podemos colocar título, fotos, desenhos, documentos, áudios e vídeos. O site possui Termos de Condições de Uso, o que demonstra seriedade com o conteúdo disponível e segurança para quem queria postar a sua história. O Museu da Pessoa ainda possui uma biblioteca, uma livraria digital com livros disponíveis para dowloud, entre outros entretenimentos que podem ser explorados pelos interessados no Museu.
          Percebi claramente a importância dos webmuseus durante as "visitas" que fiz, pois o profissional da informação pode tanto usufruir as informações que os museus virtuais já existentes dispõem, quanto podem criar um, claro, isso com planejamento, muita dedicação e objetivos bem traçados para a instituição à qual está inserido. Mais uma vez declaro: os bibliotecários, arquivistas e museólogos têm instrumentos inovadores e valiosíssimos na web, possíveis de serem utilizados com sabedoria e inteligência, sempre pensando em proporcionar os melhores serviços de informação àqueles que buscam o conhecimento.


Referências

CARVALHO, Rosane Maria Rocha de. Comunicação e informação de museus na Internet e o visitante virtual. Revista Museologia e Patrimônio, v. 1, n. 1, p. 83-93, jul./dez. 2008. Disponível em:
<http://revistamuseologiaepatrimonio.mast.br/index.php/ppgpmus/article/viewPDFInterstitial/8/4>.
Acesso em: 23 nov. 2010.

OLIVEIRA, José Cláudio. O museu digital: uma metáfora do concreto ao digital. Comunicação e Sociedade, São Paulo, v. 12, p. 147-161, 2007. Disponível em:
<http://revcom.portcom.intercom.org.br/index.php/cs_um/article/viewDownloadInterstitial/4796/4509>. Acesso em: 24 nov. 2010.

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