sábado, 11 de dezembro de 2010

A informação na mídia digital

          Pensar a informação na mídia digital não faz com que cheguemos a uma conclusão, a um fim, a um conceito final, mas sim nos traz questões que podem ser consideradas complicadas (como expor dados pessoais em redes sociais), outras de grande valor e oportunidades (como poder fazer marketing da instituição, biblioteca, museu). Nós temos muitas opções na Internet para usar para divertimento e também, como diz Jenkins (2008), para "[ . . . ] propósitos mais 'sérios'.". As mídias digitais que ao longo deste semestre discutimos são as mais exploradas atualmente: blog, twitter, repositórios de fotografias e vídeos - como o youtube - jornais eletrônicos, museus virtuais, comunidades e redes sociais.
          Ouvimos falar, então, sobre a convergência das mídias que, segundo Jenkins (2008) "[ . . . ] a convergência representa uma transformação cultural, à medida que consumidores são incentivados a procurar novas informações e fazer conexões em meio a conteúdos midiáticos dispersos.". É muito interessante observarmos que, assim como é debatido se um dia as bibliotecas irão ser exterminadas, se só existirão livros virtuais, é discutida a questão das antigas mídias (televisão, rádio, cinema, etc.) serem substituídas pelas novas (youtube, orkut, celulares com tecnologias avançadíssimas, etc.). O que ocorre, na realidade, é um cruzamento entre elas, uma coexistência. A web 2.0 promove interação, e este é o fundamento da mídia alternativa - as novas mídias - fazer com que o internauta, que é o consumidor das ferramentas virtuais, também seja o produtor, envolvendo-o, assim, cada vez mais com o 'mundo' virtual.
          Um ponto importante abordado no texto de Jenkins (2008), é sobre como os aparelhos celulares se tornaram essenciais no processo de convergência das mídias, porque todos os produzidos atualmente têm a capacidade de gravar vídeos, bater fotos, armazenar e disponibilizar músicas, acessar a Internet, ser usado como agenda, tanto telefônica como pessoal, de compromissos, entre outras funções. Portanto, podemos dizer, conforme Jenkins (2008), que a convergência digital deve ser entendida como um processo tecnológico que junta várias funções em um mesmo aparelho. Diante de todos os elementos informacionais espalhados nas diferentes mídias existentes, é possível convergir esses elementos de forma a sistematizar a busca e a recuperação da informação de forma mais ágil e mais eficiente ainda? Eu acredito que é possível, devido ao exemplo anterior citado por Jenkins, mas é um processo, algo que poderá ser concretizado a médio ou longo prazo.
          O profissional da informação está inserido neste contexto da convergência digital, o seu papel é de suma importância, ele é imprenscindível, devendo ser atuante em cada uma das mídias apontadas, pois uma das habilidades que este profissional deve adquirir na sua formação é saber filtrar, selecionar informações fidedignas, capacidade essencial para alguém que busca informações no meio virtual. Assim como creio que livros em papel e virtuais caminharão juntos sempre, sendo um e outro aprimorados como suportes, acredito que na questão da cultura da convergência vai acontecer o mesmo seguimento. Os bibliotecários, arquivistas e museólogos devem buscar se inteirar, conhecer, aplicar em suas instituições as mídias que irão lhes proporcionar crescimento como profissionais, auxílio no seu dia a dia de trabalho, sempre tendo como objetivo especial dar apoio, auxílio, favorecer interação e produção de conhecimento aos que hoje ainda chamamos de usuários, mas que futuramente poderão vir a ter outra denominação, pois já não são mais somente usuários da informação e do conhecimento, mas produtores também.


Referência

JENKINS, Henry. Cultura da convergência. São Paulo: Aleph, 2008. p. 25-51.

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