terça-feira, 21 de setembro de 2010

Fotografia

          Discutiremos hoje sobre a fotografia. Particularmente, gosto muito desta área, denominada arte de desenhar com luz.
A fotografia surgiu na primeira metade do século XIX, revolucionando as artes visuais. Sua evolução deve-se a astrônomos e físicos que observavam os eclipses solares por meio de câmeras obscuras, princípio básico da máquina fotográfica.(OLIVEIRA, ?, p. 1).
          Nomes como Angelo Sala, Johann Heinrich Schulze, Joseph Nicéphore Niépce, Daguerre, William Fox Talbot, Hércules Florence e George Eatsman - qiuímicos italianos, franceses, britânicos - descobriram compostos e formas capazes de captar e fixar imagens e deram os primeiros passos para o desenvolvimento da fotografia, bem como das máquinas fotográficas. Outro nome importante na história da fotografia é Leonardo da Vinci, que usufruiu da câmera obscura, acessório anterior à fotografia usada para esboçar pinturas. A pintura passou a ser, de certa forma, subsituída pela fotografia, como já dizia Benjamin (1987, p. 104). As máquinas fotográficas já foram descartáveis, criou-se a máquina de fotos instantâneas - a famosa Polaroid - fotos coloridas e em preto e branco. A fotografia acompanhou o avanço da tecnologia, e o que temos hoje são as máquinas digitais (e também os telefones celular) onde as fotos podem ser visualizadas imediatamente após o 'clic', apagadas instantaneamente se assim a pessoa desejar e, através de um cabo USB ou da ferramenta bluetooth (havendo compatibilidade de comunicação entre os aparelhos)  é possível tranferir as imagens para um computador - e até mesmo para uma televisão - e contemplá-las na tela do determinado aparelho. É possível, ainda, modificar fotografias em um computador utilizando programas como o photoshop.
          Pensando a fotografia como memória, como objetivo de perpetuar momentos históricos e pessoais, observamos que, especialmente os adolescentes e jovens de hoje, não tem mais a ideia de revelar fotos, exatamente pela conquista da imagem digital através da tecnologia. Tornou-se comum registrar fotos e selecionar as consideradas mais bonitas e que marcaram momentos importantes da vida pessoal para expô-las em redes sociais, como o orkut e o facebook. O quadro ou porta-retrato e o álbum 'palpável' já não são mais usados com frequência. O que vemos são álbuns virtuais com os mais variados títulos apresentando "pedaços" da vida da pessoa. Pensando em fatos históricos mais antigos, encontramos, principalmente, imagens registradas em suporte de papel (algumas hoje também digitalizadas). O fotojornalismo, que nada mais é que a fotografia de imprensa usada em notícias, informações culturais, entre outros assuntos., tem  também grande importância no 'mundo' fotográfico. Para organizar fotografias de forma que o encontro destas seja acessível, outra vez encontramos a preciosa figura do profissional bibliotecário, e também do arquivista. Seja para imagens em papel ou digitais, estes dois profissionais devem possuir técnicas e ferramentas para direcionar a organização de acervos fotográficos, principalmente em
[ . . . ] instituições e organismos a serviço da informação como museus, arquivos, bibliotecas, escolas, municípios, órgãos estatais e empresas privadas, que acumulam e mantêm grandes coleções de fotografias, usadas para descrever locias, as transformações e os eventos; explicar fenômenos científicos; como suporte pedagógico no contexto educacional; testemunhar acontecimentos históricos; auxiliar pesquisadores [ . . . ] (SILVA, 2007, p. 1)
          A fotografia, como diz Silva (2007, p. 5) "[ . . . ] requer um tratamento adequado." O autor destaca, ainda, que a fotografia é um instrumento de suma importância para pesquisadores,  e que é necessário questionar o seu conteúdo para que sirva na "[ . . . ] construção histórica da memória, seja coletiva ou individual [ . . . ]". Por fim, o bibliotecário e o arquivista, no contexto da fotografia (seja ela da época analógica ou digital), necessita mais que conhecimentos técnicos, precisa de "[ . . . ] capacidade cognitiva para avaliar o conteúdo das imagens, buscando compreender que o documento fotográfico tem uma natureza diferenciada, devido a sua linguagem não-textual [. . . ]" (SILVA, 2007, p. 5).



Referências

BENJAMIN, Walter. Pequena história da fotografia.  In: Obras escolhidas: magia e técnica, arte e política. São Paulo: Brasiliense, 1987.

OLIVEIRA, Erivam Morais de.  Da fotografia analógica à ascensão da fotografia digital. Disponível em: <http://www.bocc.uff.br/pag/oliveira-erivam-fotografia-analogica-fotografia-digital.pdf>. Acesso em: 20 set. 2010.

SILVA, Rosi Cristina da. O profissional da informação como mediador entre o documento e o usuário: a experiência do acervo fotográfico da Fundação Joaquim Nabuco. 2007. Disponível em: <http://www.aargs.com.br/cna/anais/rosi_silva.pdf>. Acesso em: 20 set. 2010.

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